Esse paraíso a 200 Km de São Paulo faz parte do único município arquipélago brasileiro. Foi habitado por indígenas muito antes da descoberta do Brasil. No século XVI, chegaram a Ilhabela os portugueses e pela sua localização ela passou a ser um importante porto de tráfico de escravos. Espanhóis e piratas também tiveram sua estada na então Ilha de São Sebastião.

Quarenta praias, todas de pequena extensão, estão divididas entre o norte e o sul da ilha. A praia de Jabaquara é a opção para quem quer sossego, com cerca de 400 metros de areia grossa e um pontão de pedras, onde é possível passar o dia desfrutando uma culinária de categoria internacional no único restaurante existente. Para quem busca agito, a praia do Curral (ao sul) é o ponto mais badalado.

O mar calmo com água salobra, resultado do desague das 365 cachoeiras existentes na ilha, apresenta tons de verde e azul que se mesclam e a transparência das águas propicia uma visão da fauna marinha sem a necessidade de equipamentos sofisticados de mergulho. Escunas e barcos oferecem passeios para as praias que não tem acesso por terra.

Conhecer as praias de Castelhanos e Bonete, é praticamente obrigatório. O acesso só com jipe, mas há 120 jipeiros cadastrados e capacitados, extremamente gentis, como Sandro, Caverna, Moises, Djalma e outros, que proporcionam momentos inesquecíveis e muito divertidos.  Uma opção para fugir dos roteiros convencionais é a Fazenda da Laje, com lagoas, praia e mar aberto propício para mergulho. Esse é um passeio ainda quase exclusivo e é só é feito pelo jipeiro Paulo Andrade.

Histórias de tesouros escondidos e mais de quarenta e oito embarcações naufragadas no entorno de Ilhabela dão um ar de mistério nesse paraíso quase ao lado da capital paulista que está na rota do litoral norte, considerada uma das mais bonitas do mundo.

Crédito foto destacada: Miguel Schincariol