Festival multicultural online ocorre entre 4 a 6 de dezembro

Festival multicultural online ocorre entre 4 a 6 de dezembro

Entre os dias 4 e 6 de dezembro, agenda online promove diversas manifestações artísticas e estimula a economia criativa por meio da cultura de escambo

Um festival multicultural interativo. Uma plataforma independente, que une diversas manifestações artísticas e culturais. Um evento que promove a cultura de escambo e a economia criativa enquanto busca experiências coletivas, mas à distância, com segurança. E de graça. Esse é o D’escambô, agenda que aposta, entre os dias 4 e 6 de dezembro, em conteúdos virtuais para estabelecer uma “relação interativa e simbiótica com o público”. Tem música, tem debate, tem sarau, tem filme. Tem muito mais.

Na programação estão previstas mais de 40 atrações culturais, distribuídas em quase 70 horas de interatividade, tudo de graça e sem sair de casa. Para participar, basta seguir o D’escambô no Youtube e Facebook (via lkt.bio/descambo), plataformas em que serão realizados sorteios de kits culturais e lives extra.

As atividades desta primeira edição incentivada pelo Programa de Fomento à Arte e Cultura de Mogi das Cruzes (Profac) – shows, ciclos de conversa, saraus, workshops, documentários, micro exposições, vivências, intervenções, performances teatrais, contação de histórias, sessões de cinema, exercícios gastronômicos e fóruns – buscam “provocar sentidos do corpo”, sugerindo o convite à “experiências culturais ampliadas”.

Entre as ações principais estão as apresentações de Jup do Bairro, ganhadora do Prêmio Multishow Artista revelação 2020; o de Déa Trancoso, que está em pré-estréia de novo repertório; e o solo de Renata Rosa.

Há também nomes locais e alternativos, como Nível de Cima, Thiago Costa, Uma Luiza, Rodrigo Góes, Lissin, Congada Santa Efigênia, e muitas participações, como DJ Nandes Castro e Mauricio Noro. E ainda ciclos de conversas literárias com nomes como Ailton Krenak, reconhecido pelo prêmio Juca Pata em 2020; escritor Sacolinha e Dayse Serena.

São conteúdos e espetáculos pensados por “artistas, fazedores, casas de apoio e cultura, espaços de convivência e compartilhamento”. Em outras palavras, pessoas que fomentam a diversidade e a acessibilidade. E está aí o diferencial do ‘D’escambô’: provocar o participante a imaginar, refletir e questionar.

Para fazer com que isso aconteça, os organizadores, ativistas e agitadores culturais Math’eus Borges e K-iqui Calisto, contam com apoio e colaboração de “diverses parceires que acreditam na possibilidade de reinventar a maneira de produzir e compartilhar a partir da cultura de escambo”.

Como um dos principais contextos do festival é abordar as “diversas redes colaborativas e seu potencial enquanto economia criativa local e regional”, o site oficial da agenda (descambofestival.com.br), foi pensado como uma plataforma destinada à prática de escambo, como uma conexão rápida e fácil entre pessoas interessadas em trocas e permutas.

Cultura de escambo

Escambo é o ato afetivo da troca de mercadorias, produtos ou serviços sem que haja a utilização de moeda ou dinheiro de nenhuma espécie, ou seja, a partir de permuta e troca recíproca entre pessoas que se dispõe a tal prática. O ‘Festival Multicultural D’escambô’ utiliza dessa cultura para estimular a construção e aplicação de economia criativa cultural consistente.

Isso quer dizer que as atividades do evento propõem “múltiplas formas expressivas e colaborativas de troca ou compartilhamento, não pautadas exclusivamente pelo recurso financeiro, valor atribuído ou poder aquisitivo”.

Como dizem Math’eus e K-iqui, D’escambô “é a fé no miocárdio das culturas, utopia da experiência coletiva anticapitalista”. Isso quer dizer que o objetivo é estabelecer “relações de convivência coletiva” e também “aspectos culturais e sociais” não focados prioritariamente “no poder aquisitivo do cidadão”, mas também em sua “importância simbólica, turística e regional”.

Sugestões de escambo oferecidas por diversas pessoas ao redor do mundo estão disponíveis no site oficial do projeto, pelo qual também é possível se cadastrar num formulário que permite interação e instiga a troca de saberes.

Outras informações sobre o festival estão disponíveis nas redes sociais oficiais do evento.

Foto: Divulgação

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