Tanabata Matsuri – Tem festival japonês esse fim de semana na Liberdade

Tanabata Matsuri – Tem festival japonês esse fim de semana na Liberdade

 Tanabata Matsuri terá a sua 43ª edição no bairro da Liberdade com expectativa de receber mais de 200 mil pessoas no final de semana, vindas de todo Brasil

O maior festival japonês de rua do mundo, o Tanabata Matsuri, volta a acontecer na Praça da Liberdade-Japão, em São Paulo, nos dias 9 e 10 de julho das 10h30 às 18h. Neste ano, será a 43ª edição e a expectativa é receber mais de 200 mil pessoas no final de semana para participarem da programação cultural gratuita, repleta de apresentações musicais, dança, arte, além de gastronomia e outros atrativos típicos.

O evento é realizado pela Associação Cultural e Assistencial da Liberdade (ACAL) desde a década de 70 ininterruptamente até a chegada da pandemia, em 2020. Há mais de 40 anos, recebe visitantes de todo o Brasil e do exterior tanto para desfrutarem das festividades, quanto para fazerem seus pedidos através de fitas coloridas, chamadas de tanzakus, que simbolizam a história de amor milenar das estrelas Vega e Altair que foram separadas pela Via Láctea e se encontram somente uma vez por ano, em julho.

Os tanzakus são confeccionados em seis cores, cada uma representando um desejo: branco – paz; amarelo – dinheiro; verde – esperança; vermelho – paixão; rosa – amor, e azul – proteção dos céus. Ao final da celebração, os bilhetes passam por uma cerimônia xintoísta e são queimados com o propósito de que os desejos cheguem aos céus para que as estrelas Vega (Orihime) e Altair (Kengyu), segundo a lenda, possam realizar os pedidos.

O festival teve início há mais de 1.150 anos na Corte Imperial e a data tornou-se feriado nacional em 1603. No Japão, o evento acontece em várias cidades. E, no Brasil, é realizado em São Paulo desde 1979 pela ACAL. A Associação e seus voluntários decoram as ruas do bairro da Liberdade e a Praça da Liberdade-Japão com dezenas de bambus gigantes –de aproximadamente 13 metros de altura- e centenas deles em tamanho menor, com cerca de 2 metros, os quais recebem a ornamentação dos enfeites coloridos de papel (chamados Tanabatas), simbolizando as estrelas.

Durante o Festival das Estrelas, como ficou conhecido no Brasil o Tanabata Matsuri, as ruas da Liberdade também viram palco de shows, danças folclóricas com a participação de centenas de dançarinos voluntários de diversas associações, oficina de origami, além de apresentações com os tradicionais tambores Taikô. Toda a programação cultural é gratuita e concentrada em torno da Praça da Liberdade-Japão.

Atrações culturais

Uma das novidades desta edição é a programação de workshops gratuitos oferecidos que acontecerão na Praça da Liberdade-Japão. No sábado, dia 9, estão confirmados: Oficina de Oshibana às 11h; Orinuno às 14h e Mangá às 16h. Já no domingo, dia 10, haverá Origami às 11h; Ikebana às 14h e Mangá às 16h. As turmas serão formadas no mesmo dia e no local por cada instrutor, com limite de capacidade.

Dentre as apresentações, o sábado começa às 10h30 com muita energia e alto astral da ginástica japonesa, seguindo para os tradicionais tambores Taikô, artes marciais e danças típicas, que são repetidas ao longo de todo o dia com grupos diferentes e suas peculiaridades artísticas. A tão esperada Parada Taikô será às 14h30 na Praça da Liberdade-Japão e estão confirmados diversos shows musicais ao vivo na programação.

No domingo, além das atrações clássicas e música ao vivo, o palco terá a participação da flautista japonesa Hiromi Coppede, shows com cantores mirins que estiveram no The Voice Kids, Cosplay com Diogo Miyahara & Tokusatsu, o cantor Ricardo Nakase e ballet.

 

A lenda milenar que deu origem ao Festival das Estrelas

Tanabata Matsuri, em português conhecido como Festival das Estrelas, é uma tradição oriental do século XI. Foi lançada a partir de uma lenda japonesa criada há mais de quatro mil anos sobre Orihime, filha de um poderoso deus do reino celestial que, certo dia, diante de seu tear, viu passar um rapaz conduzindo um boi e por ele se apaixonou. O pai consentiu o casamento dos dois jovens.

Porém, em matrimônio e totalmente dominados pela paixão, ambos se descuidaram de seus afazeres normais e o pai, indignado, ordenou que eles vivessem separados, um de cada lado da Via Láctea, permitindo que o casal se reencontrasse apenas uma vez ao ano, no sétimo dia do sétimo mês, se cumprissem a ordem do pai: atender aos pedidos vindos da Terra.

Este fenômeno astronômico deu origem à lenda, acreditando-se também que as demais estrelas e corpos celestes do céu, como cometas e estrelas cadentes, formem nessa época uma ponte na Via Láctea, chamada de Ama-no-Gawa, “Rio Celestial”, possibilitando que os apaixonados possam atravessar a galáxia para se reencontrarem.

 

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